Entrevista a Daniel Santiago

O atleta é um dos destaques da equipa na presente época desportiva.

Proveniente do Sporting CP em 2019, Daniel Santiago tem sido um dos maiores destaques da equipa masculina, conseguindo chegar ao recorde distrital absoluto durante o período de inverno. 

Quisemos falar com o atleta para fazer uma análise daquilo que é a sua curta experiência no clube e quais as suas perspetivas para o futuro.

 

- Esta é a tua primeira época desportiva no clube, o que tens achado até ao momento?

Desde que conheço a JV, tinha a ideia que era um bom clube para representar devido ao apoio e união que via nas provas, além dos seus resultados e prestígio. Agora que cá estou e tenho a experiência de dentro, vejo que ainda é melhor. Só tenho coisas boas a dizer desde o primeiro dia, sinto-me muito bem recebido, tem sido muito bom todo o apoio que tenho recebido dentro e fora da pista. Não podia pedir melhor.

 

- Nesta época de inverno, conseguiste superar o Recorde Distrital Absoluto e estar próximo do teu Recorde Pessoal, que balanço fazes?

Considero que esta época de inverno acabou por ser positiva apesar de não ter conseguido chegar à marca que ambicionava e a forma como correram os Campeonatos de Portugal. Depois de ter acabado a época passada com um recorde pessoal de 16.81m, no torneio internacional de lançamentos da JV, lançando pela primeira vez na casa dos 16m. Esta época de inverno consegui lançar regular nos 16m, ficando a 14 centímetros do meu recorde pessoal de ar livre. Sei que conseguia e estava a valer mais do que isso, mas não saiu e só resta continuar a trabalhar para lançar cada vez mais longe.

 

- Este está a ser um ano atribulado, desde o período de transferências até esta paragem precoce na época desportiva. Isso tem de alguma forma afetado o teu foco?

A maneira como as coisas aconteceram no período de transferências acabou por me afetar, principalmente em termos motivacionais, mas são coisas que acontecem, só temos de aprender a lidar com elas. Acabei por ficar ainda mais motivado e focado em lançar longe, muito graças ao meu treinador, Ricardo Monteiro, que sempre me ensinou a tirar proveito do que nos acontece e também por saber todo o esforço que ele faz diariamente por mim.

Esta paragem precoce da época desportiva é complicada, principalmente porque não sabemos quanto mais tempo vamos estar fechados em casa e se ainda vamos ter época ou não. O confinamento, inicialmente, afetou-me imenso. Então tomei a decisão de sair de Lisboa e voltar a casa, onde tenho as melhores condições para treinar sem pista, uma vez que posso lançar atrás de minha casa e fazer treinos de força, ainda que limitados, graças ao meu primeiro treinador, Carlos Tribuna, que me disponibilizou material do ginásio dele para eu poder treinar. Enquanto não se souber como vai ser o resto da época, continuo com o mesmo foco de estar nas melhores condições possíveis para lançar o mais longe que consiga e ajudar da melhor forma o clube, tendo sido este o meu foco desde o início da época.

 

- Quais os teus principais objetivos?

O meu objetivo principal é o próximo metro, os 17m, coisa que acreditava que iria acontecer já na pista coberta, mas acabou por não acontecer. Quando acontecer, passa a ser o próximo metro sempre a pensar em aproximar-me dos melhores portugueses, mesmo que ainda longe.

 

- O setor de lançamentos tem estado em claro crescimento nos últimos anos, tanto no género masculino, como no feminino. Como atleta, sentes o aumento de competitividade? A que achas que se deve?

Em termos globais, sinto que existe um aumento de nível e competitividade ao longo dos últimos anos, mas esta época de pista coberta, no que toca ao peso masculino e diretamente a mim, senti falta da competitividade. Deveu-se principalmente pela lesão de alguns atletas, como o Marco Fortes ou o Adriano Lopes, e ausência de outros, assim acabei por ficar isolado entre dois patamares. Num plano superior estava o Tsanko e o Belo, bastante longe, e depois o resto a baixo dos 16 metros, sendo eu o único na casa dos 16m.

Sinto que este crescimento do setor de lançamentos deve-se, principalmente, ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos treinadores, que agarram os talentos ou aqueles que querem realmente trabalhar para chegar longe e trabalham de forma correta com eles.

 

Um agradecimento ao Daniel pela disponibilidade e votos de uma boa época desportiva!



Parcerias Institucionais

  • European Athletics

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  • Federação Portuguesa de Atletismo

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  • Associação Distrital de Atletismo de Leiria

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  • Instituto Português do Desporto e Juventude

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  • Câmara Municipal de Leiria

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